quinta-feira, 22 de julho de 2010

Coluna Informativa






Parabéns Argentina !
Cristina Kirchner sanciona lei que autoriza casamento entre pessoas do mesmo sexo  - Agência Brasil Publicação: 21/07/2010 19:47



  A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, sancionou no começo desta noite (21/7) a lei que autoriza o casamento entre pessoas do mesmo sexo, encerrando, do ponto de vista legal, uma polêmica que envolveu todos os setores da sociedade.
   Em seu pronunciamento, a presidente disse que "esta não é exclusivamente uma lei mas uma constituição social que pertence aos que construiram uma sociedade diversa, formada por todas as classes e credos".
  Com a sanção da presidente, durante cerimônia realizada na Casa Rosada, a Argentina torna-se o primeiro país da América Latina a legalizar o casamento homossexual.
  A lei foi aprovada pelo Senado argentino na última quinta-feira, por 33 votos a favor, 27 contrários e 3 abstenções, depois de se transformar durante vários meses numa das maiores polêmicas já vistas no país, colocando em discussão os direitos civis e questões religiosas. Na madrugada de 15 de julho, quando o Senado argentino encerrou debates parlamentares que duraram 14 horas e aprovou a lei, milhares de pessoas reunidas do lado de fora do prédio celebraram o que consideram um dos grandes passos da Argentina na área da igualdade dos direitos.

   Na noite anterior, 60 mil pessoas convocadas pela Igreja Católica e organizações religiosas de variados credos haviam se reunido no mesmo local para pressionar os senadores a votarem contra o projeto. A nova lei substitui trecho do Artigo 2 do Código Civil argentino, que declarava a validade do casamento apenas quando realizado entre "homem e mulher".
  Agora, a expressão será substituída por "contraentes", viabilizando a união entre pessoas do mesmo sexo. Os homossexuais argentinos passam a ter os mesmos direitos que os heterossexuais, como é o caso da pensão por falecimento de um dos contraentes, herança e direitos oferecidos pela seguridade social. Mesmo depois de aprovado pelo Congresso, o casamento homossexual continua sendo motivo de polêmicas. Uma delas é o direito à adoção pelos casais gays.
   O assunto ainda é debatido na televisão e nos jornais por representantes de segmentos da sociedade que consideram o casamento entre pessoas do mesmo sexo e o direito à adoção de filhos uma subversão do conceito tradicional de família.
  A adoção é prevista nos contratos de união civil vigentes em algumas províncias argentinas. A diferença é que a nova lei estende esse direito a todo o país, superando os benefícios da simples união civil.
  Além disso, o texto estabelece que o pátrio poder passa a ser compartilhado pelos casais do mesmo sexo, para que os filhos tenham todos os direitos respeitados. Os contratos de união civil existem em país como a Alemanha, Austrália, Eslovênia, França e o Uruguai mas com regimes diferentes. No Uruguai, por exemplo, a união civil não permite a adoção de filhos.
   O casamento entre pessoas do mesmo sexo também entrou em vigor em vários países: Holanda (2001), Bélgica (2003), Espanha (2005), Canadá (2005), África do Sul (2006), Noruega (2009) e Suécia (2009). Neste ano de 2010, a lei vigora em Portugal, na Islândia e, a partir de ontem, na Argentina .
  Desde que o Senado argentino aprovou o casamento entre pessoas do mesmo sexo, vários juizes de paz informaram que não iriam realizar a cerimônia. Hoje, Alberto Arias, que há 20 anos é diretor de Registro Civil da cidade de Concórdia e que se declara profundamene católico, disse que a lei foi um erro cometido pelos deputados e senadores que apoiaram uma "espécie de igualdade que não pode corresponder à realidade".    
   Ele alegou razões de consciência para não realizar os casamentos. Na semana passada, Marta Covella, juíza de paz da cidade de General Pico, na província de La Pampa, voltou atrás na decisão de não realizar casamentos homossexuais depois de conversar com casais gays da cidade.
   De acordo com outra autoridade argentina, a diretora-geral do Registro de Pessoas de La Pampa, Irene Giusti, "objeção de consciência" não é argumento válido para descumprir a lei. Os juizes que insistirem com essa atitude poderão perder os cargos.


   E aqui no Brasil,  a Rede Globo de Televisão que tem grande alcance nos lares brasileiros pela sua audiência, não deu atenção para o caso.
  Durante a copa do mundo, quando os argentinos foram desclassificados, a midia televisiva dava grande destaque a Argentina, e agora ?  Por que não mostrar um avanço que eles acabam de conquistar , muito maior em termos sociais, do que conquistar uma taça do mundo !  


Kaike Copa