quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Informativos

   Lideranças LGBTs divulgam manifesto a favor de Dilma Rousseff










   Como forma de apoiar a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, cerca de 100 diretores de entidades LGBTs de todas as regiões do País lançaram, nesta segunda-feira 18, o documento “Lideranças LGBTs com Dilma para continuar mudando o Brasil”



   De assinaturas do DF na primeira versão do texto, que é aberto a adesões, há apenas diretores da ONG Elos e o representante da ABGLT em Brasília, Evaldo Amorim.
   O documento diz que a eleição de Dilma é importante para que os avanços na cidadania LGBT conquistados no governo Lula continuem !








 Manifesto pró-Dilma 


  Nós, cidadãs e cidadãos LGBT - Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais brasileiras/os, somos chamados a um novo desafio: impedir retrocessos e permitir que o Brasil continue mudando e para tal é urgente e necessário eleger Dilma Rousseff, a primeira mulher Presidente da República. No passado, já demos provas de compromisso democrático quando lutamos por liberdades políticas para o povo brasileiro que viveu durante décadas sob uma ditadura militar.  No presente, queremos também ser protagonistas de um projeto que se propõe uma nação justa e solidária, com igualdade de oportunidades para toda a população.

   Enquanto cidadãos e cidadãs, eleitores e eleitoras, temos o direito à livre orientação sexual e identidade de gênero como preconiza a Constituição Federal que veda qualquer tipo de discriminação. Além disso, o Estado brasileiro é laico, isto é, assegura ampla liberdade de crença e culto mas não se confunde nem se submete a qualquer uma delas. Por isso, queremos a continuidade das Conferencias Nacionais LGBT. Queremos a implantação do Plano Nacional de Saúde Integral da população LGBT.

   Defendemos a ampliação da Coordenadoria Nacional LGBT, criada pelo Governo Lula junto à Secretaria de Direitos Humanos. Para tal, é imprescindível o absoluto respeito ao Estado Laico para que as instâncias governamentais não sejam invadidas por esta ou aquela denominação religiosa, violando assim direitos e garantias democráticas que são asseguradas pela nossa Carta Magna.

   Ainda marcados por um cotidiano repleto de homofobia, isto é, de preconceito e discriminação, o que nos leva a afirmar que exigimos - porque temos esse direito - uma vida livre de todas as formas de violência e opressão. Que não sejamos marginalizados ou impedidos de estudar, de trabalhar, de constituir um núcleo familiar, de sermos atendidos pelos serviços de saúde, de locomoção, de usufruir da cultura e do lazer. Permanecemos vivas, vigilantes e combativas, apesar do ódio com que muitas vezes somos tratados e dos assassinatos com que tentam nos sufocar e calar. Estamos alertas e não abrimos mão de participar do novo projeto nacional de desenvolvimento, onde haja o devido lugar e o justo reconhecimento dos LGBT nos espaços de poder e decisão.

  Por tudo isso, eleger Dilma Presidente significa renovar essas esperanças na certeza de que podemos avançar ainda mais. Com ousadia para buscar a justiça e consolidar as mudanças ocorridas no Brasil sob o Governo Lula. Nós LGBT continuamos a clamar por igualdade social que implica em combater qualquer tipo de discriminação de raça, cor, etnia, orientação sexual, identidade de gênero, de geração ou por deficiência.
  
   Apoiamos Dilma porque de seu futuro governo depende a conquista de um Brasil com mais desenvolvimento e soberania, com distribuição de renda, socialmente equilibrado e ambientalmente sustentável.

  Votamos em Dilma pela sua história em defesa da liberdade, pelo seu compromisso com a erradicação da pobreza através das políticas sociais, da educação de qualidade e da geração de empregos.

  Votamos em Dilma porque foi no Governo do Presidente Lula que ela, como Chefe da Casa Civil garantiu: a realização da primeira conferência nacional LGBT; a presença do presidente Lula no evento; a criação do Plano Nacional de Cidadania LGBT; a implantação de Grupos de Trabalho em variados Ministérios visando implementar políticas de combate à homofobia; a portaria do SUS que permite a operação de readequação do sexo; a portaria que garante o uso do nome social de Travestis e transexuais no Serviço Público Federal; políticas de inclusão das mulheres bissexuais e lésbicas nos planos de enfrentamento a feminilização da Aids e outras importantes políticas das Mulheres. Também permitiu a inclusão do quesito "cônjuge do mesmo sexo" no censo 2010, implantou políticas de isonomia de direitos entre casais homossexuais e heterossexuais em várias empresas estatais e Ministérios.

  Em suma, foi responsável por manter abertas as portas de 17 Ministérios para políticas públicas para Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, apoiando mais de 250 paradas LGBT com recursos da Saúde, da Cultura e do Turismo e permitindo a concessão de titulação de terra rural para casais LGBT, entre outras ações. No atual momento social, econômico e político pelo qual passa o Brasil, temos clareza e firmeza ao afirmar que há muito o que fazer pela criação e garantia plena de direitos a todas e todos, sejam hetero, bi ou homossexuais, mas queremos seguir mudando na direção apontada pelo Presidente Lula e pela Ministra que mais se destacou em seu governo: Dilma Rousseff.

  ASSINAM ESTE MANIFESTO LIDERANÇAS LGBT COM DILMA - 13 
 PRESIDENTE DO BRASIL !




   Diante deste quadro, em que  grandes  autoridades  ligadas ao movimento LGBT apoiam a candidata do PT,  assim como  alguns  intelectuais,  citando  Chico Buarque de Holanda,  que também  apoia a candidata ,  o Gaylígola  torna público também o seu apoio a Dilma Rousseff  !





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Cinema





Filme nacional com temática LGBT fala de amor e superação


   Ela é a eterna e bela da televisão e ele o eterno galã.  Só que a atriz Ana Paula Arósio e o ator Murilo Rosa encaram outro perfil no cinema, pelo menos no filme "Como Esquecer", no qual vivem homossexuais. Também trocam beijos com pessoas do mesmo sexo, cena rara na carreira do dois.  Como em outros casos recentes, de filmes com essa temática, os produtores também  tiveram  problemas com a distribuição.

   Aconteceu com "I Love Phillip Morris", que tem Jim Carrey e Rodrigo Santoro na pele de um casal gay, e ainda em "Do Começo ao Fim" onde os atores João Gabriel Vasconcelos e Rafael Cardoso fizeram cenas fortes de uma relação homossexual.

  No primeiro caso, foi preciso esperar muito para que o filme fosse distribuído (nos Estados Unidos, a estreia de "I Love Phillip Morris" ainda é em dezembro). A produção nacional chegou a alguns cinemas do país.

   O drama comum de uma mulher e o fim de um relacionamento é a trama central da personagem Julia encarnado com toda intensidade por Arósio.
   Ela é uma professora universitária que entra em depressão depois de ser deixada pela namorada, Antônia. Quem enxuga as lágrimes e empresta o ombro é o seu amigo Hugo (Murilo Rosa) que namora Nani (Pierre Baitelli).

   O filme ainda traz Natália Lage como Lisa, a amiga que divide apartamento com Julia e Hugo e Ariêta Correia no papel de Helena, a nova namorada de Julia.

   De cabelo curto, Murilo Rosa nem lembra o vaqueiro que vive atualmente na novela "Araguaia", no horário das 18, na TV Globo. "Ele tem um humor muito bom e esse humor é usado, às vezes, como fuga" conta o ator sobre o personagem. "Eu adorei fazer. Eu acho que ele tem uma ironia inteligente. Tem um caráter e com suas dores e com seu buraco que não foi curado" explica ainda em entrevista para o "UOL".

   A homossexualidade no filme, é um detalhe, ressaltam os atores envolvidos. O drama dos personagens supera a orientação sexual deles.   A história é sobre esses dramas. Por tudo isso, e ainda por Arósio e Rosa nesses papéis diferentes, o público pode até nem gostar, mas não terá como esquecer.