quarta-feira, 2 de junho de 2010

Coluna Informativa

        
                                       
                                                             
                                                               
 Menos colorida,
Parada Gay de São Paulo vai cobrar
 mais comprometimento dos políticos contra a homofobia



   Os organizadores anunciaram que os trios elétricos serão menos coloridos e terão acessórios e fantasias nas cores preta e branca porque, segundo eles, é uma forma de mostrar descontentamento com as autoridades. “A Parada de São Paulo é reconhecida no mundo inteiro, já temos visibilidade. Mas, não somos reconhecidos enquanto cidadãos”, explicou o coordenador do evento, Manoel Zanini.
   A insatisfação é em relação à falta de leis contra a homofobia (demonstração de preconceito ou violência contra gays, lésbicas, travestis e transgêneros) além da garantia de direitos civis. A Prefeitura destinou ao evento e às atividades paralelas cerca de R$ 1 milhão.
   Ao longo do percurso da Av. Paulista vão desfilar 18 trios elétricos. Todos lembrarão o tema “Vote contra a Homofobia”. Um deles trará como tema a homofobia no futebol; o último (às 16h) é surpresa.
   A expectativa de público é de cerca de três milhões de pessoas no próximo domingo. Segurança e infraestrutura Neste ano, a segurança durante a parada deve ser reforçada, segundo a Guarda Civil Metropolitana (GCM) e a Polícia Militar (PM), com dois mil homens. “Para evitar incidentes da dispersão do público no final do percurso (início da Rua Consolação e Praça da República), teremos mais monitoramento nessa região”, contou o coronel da PM Renato Cerqueira Campos. No ano passado, 22 pessoas ficaram feridas depois de uma explosão de bomba caseira atirada de um prédio perto do Largo do Arouche.
   Em outro ponto da região central, um homem de 35 anos foi morto depois de ser agredido. Além disso, um grupo de policiais será de intérprete de línguas estrangeiras (inglês, francês e espanhol) para orientar e prestar apoio a turistas.
   Todos terão as bandeiras dos países de cada língua identificada no braço. O evento vai contar com quatro postos médicos: um no Masp; outro na esquina da Avenida Paulista com a Rua da Consolação; no recuo do Cemitério da Consolação; e na Rua Maria Antônia.
   Cerca de 900 banheiros químicos serão instalados, sendo 70 deles para pessoas com deficiência física, ao longo do percurso.

 Expansão

  O coordenador geral Manoel Zanini explicou que a ideia da parada este ano é também incentivar outras em municípios no interior do Estado de São Paulo. A cidade de Jacareí fará no dia 27 de junho a primeira edição deste tipo de evento. “Por isso, como forma de colaboração, eles terão um trio elétrico próprio para divulgação na Av. Paulista”, contou.

   Presença de candidatos

   Apesar do tema deste ano da parada ter ligação com as eleições deste ano, nenhum pré-candidato à presidência confirmou presença no evento por enquanto. “Fizemos um convite para cada um deles, mas como pessoas físicas e não candidatos”, disse o presidente da APOGLBT, Alexandre Santos.


Rodrigo Vasconcellos